COMO ESCOLHER O PSICÓLOGO

COMO ESCOLHER O PSICÓLOGO

Há algumas semanas fui procurada por duas pessoas que gostariam de fazer psicoterapia. Uma delas questionou se eu era psicóloga cristã, a outra se eu realizava tratamentos alternativos como florais e cristais ou se aplicava o “método quântico”.

É importante ficarmos atentos a algumas considerações na hora de escolhermos um psicoterapeuta. Nosso trabalho é pautado pelo código de ética do Psicólogo que determina aquilo que devemos ou não fazer em nossa atuação. Algumas práticas não são permitidas e podem levar à cassação (perda e extinção) do registro profissional pelo Conselho Regional de Psicologia. Dentre as práticas “alternativas” que o psicólogo está autorizado a realizar se encontram a acupuntura e a hipnose.

A prescrição de florais, realização de massagens, leitura de cartas e mãos, por exemplo, não se aplicam ao trabalho do psicólogo. Pregar alguma religião durante os atendimentos também não é permitido, embora o psicólogo possa ter sua própria crença e práticas religiosas. Não há, entretanto, nada que impeça o paciente de falar sobre sua religião e a incluir nos temas abordados na sessão.

Cabe ao psicólogo acolher o que lhe é trazido pelo paciente, sem julgá-lo. A boa impressão e simpatia que um profissional possa causar no paciente são itens extremamente importantes e auxiliarão no sucesso da terapia. Mas além das aparências, o paciente deve ficar atento a alguns elementos. Um deles é se certificar de que o registro no CRP esteja ativo, ou seja, se o psicólogo está apto a exercer sua profissão. Outra exigência é de que nas sessões, o profissional encoraje a participação do paciente no seu tratamento.

Existem aqueles que estimulam a dependência do paciente para com eles, ou seja, o paciente sai da consulta aliviado, mas logo é acometido por um vazio. Para aplacá-lo, sente que precisa retornar ao psicólogo o mais rápido possível, pois é ele que tem as respostas do que é certo ou errado, do que deve ou não fazer. Na verdade, o psicólogo não é o “dono da verdade”, ele é apenas um orientador, condutor que promoverá a autonomia do paciente e não o contrário.

Os atendimentos online atualmente são reconhecidos pelo conselho, mas devem respeitar algumas condições. O psicólogo deve estar cadastrado no site do Epsi e o conteúdo da sessão deve ser sigiloso , ou seja , ninguém pode ter acesso a ele. Todos estes requisitos são de extrema importância e devem ser seguidos, pois se baseiam na proteção dos direitos dos pacientes, primando pelo seu bem estar.

Patricia Madeira - Psicóloga

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